terça-feira, 30 de setembro de 2014

Difícil, difícil ...





foto encontrada em feedy.com


Família com bagagem não é um" mar de rosas ".
Se o levantar por regra corre bem (ainda sonolentas), o fim do dia é quase uma batalha....
No final do dia, as manas vêm sempre com uma energia imparável, saltam e gritam sem fim, gargalhadas sem parar, por vezes pergunto-me: onde está o botão off? O L brinca com elas no jardim até gastar as baterias....mas quando ele não está, preparo o jantar com elas agarradas à minha perna...é brinquedos pelo ar, a E a explorar as tomadas, portas e fios e a S. a fazer maratonas de volta da mesa de jantar...".a boneca vira" e o meu sangue entra em ebulição e disparo: L...onde estás?
A hora de jantar tem dias que não é pacifica, a mana mais pequena quando vê uma colher chora logo, definitivamente não tem prazer em comer, muita cantoria, muitos brinquedos pelo ar, sopas nas paredes e lá vai o avião... Enquanto isso, a mana grande esquece que está á mesa e quando damos por ela está a fazer surf na cadeira...
Estabelecer regras e fazer cumprir não é tarefa fácil, é uma arte "deitar cedo e cedo erguer", requer organização, resiliência e em ultimo caso uns bons "acoites", sim porque, os nossos limites são testados constantemente. A S. inventa mil e um "xixi", dor de barriga, uma sede repentina só para esticar mais a hora de dormir. 
Neste assunto eu e o L somos implacáveis: 21h15m - lavar os dentes, historia e cama,..não há espaço para "ronha". Sim ,ficamos KO, mas compensa, ás 22h reina o sossego na casa.
Estamos casados à algum tempo, mas pouco tempo juntos, na falta de tempo basta "estar" e nunca pensar no que ficou para trás, ou o que deixámos de ter ou fazer.
Ser pais ou mãe é dar um mergulho num espírito altruísta, com dosa de resiliência e paciência...
E ser filho é fácil? viver as frustrações dos pais, cansados depois de um dia de trabalho, a falta de dinheiro, de trabalho, a falta de tempo, as responsabilidades, os conflitos.
O que sente uma criança quando chama pelo pai ou pela mãe e ouve: cala-te, deixa-me ouvir?
...Por vezes dou por mim a responder à minha filha S. -sim- a tudo e só no fim penso: o que foi que ela disse? é mais fácil dizer que -sim- ,porque um -não- requer muitas explicações. O ritmo é alucinante...não há tempo para ser criança, não há tempo para brincar...

1 comentário:

  1. Super verdadeiro o teu post. Não tenho filhos mas imagino assim os meus dias, mas olho para isso como algo cheio de amor ♡

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